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Pinot Noir - Advento de Vinhos: 24 uvas, 24 descobertas

 


Este é um blog dedicado a Planejamento e Gestão, o que quer dizer: Educação Estratégica e Gerencial. Aqui, você encontrará várias indicações de livros, pois ler é essencial para todas as profissões. A leitura e a atualização constantes são fundamentais para o desenvolvimento profissional e para a tomada de decisões mais acertadas. Especialmente para quem trabalha com planejamento e gestão, áreas que são o foco principal do blog, a leitura é uma ferramenta valiosa. Profissionais que atuam nesses campos, geralmente, lideram equipes e precisam estar sempre bem informados e preparados.

Minha trajetória com o estudo de vinhos é longa e enriquecedora. Em 2015, escrevi e apresentei um trabalho de conclusão intitulado "Barreiras comerciais no mercado regional vitivinícola: proteção ou obstáculo competitivo?". Este trabalho, composto por 89 páginas e baseado em uma pesquisa com entrevistados, aprofundou minha compreensão sobre os desafios e oportunidades no mercado vitivinícola regional. Foi uma experiência que solidificou minha paixão pelos vinhos e pelo seu estudo. 

O espírito do Natal nos convida a celebrar, refletir e compartilhar momentos especiais. Este ano, trago uma forma única e deliciosa de contar os dias até o Natal: o Advento do Vinho! Inspirados pela tradição do calendário do advento, que marca a contagem regressiva até o Natal, decidimos criar uma experiência enológica inesquecível. Também compartilharei a bibliografia utilizada em cada texto, para que você possa se aprofundar ainda mais no estudo de cada uva.

Bem-vindo ao nosso Advento do Vinho! De 1º a 24 de dezembro, vamos explorar uma uva diferente a cada dia, descobrindo suas histórias e perfis de sabor, além de receber recomendações de vinhos excepcionais. Esta iniciativa é uma celebração da vinicultura que busca enriquecer seu paladar e ampliar seu conhecimento sobre o mundo dos vinhos. Ao final de cada texto, você encontrará links para adquirir os vinhos correspondentes e a bibliografia utilizada, permitindo uma experiência completa e aducativa. Junte-se a nós nesta contagem regressiva para o Natal e compartilhe suas expectativas e descobertas nos comentários!


Pinot Noir - Oregon, EUA - De aparência vermelho-rubi brilhante, halo aquoso bem definido. A Pinot Noir é uma uva de pele fina, que produz vinhos de pouca coloração. Aroma de frutas vermelhas - morango, cereja e framboesa. Eventualmente apresenta notas florais e terrosas, como o solo de um bosque.

A pinot Noir dá boas colheitas em climas frios. Sua casca fina precisa de uma fase de amadurecimento longa e delicada, com muito sol, mas sem calor intenso. Muito aquecimento traz aromas de geleia e compota; pouco sol faz vinhos ácidos, agudos e picantes. O tradicional sabor frutado de frutas vermelhas frescas, delicadas e com uma nota terrosa. 

A Pinot Noir é uma uva difícil de ser vinificada. Muito contato entre as cascas e o suco põe a perder a delicadeza aromática; demasiada exposição ao carvalho novo faz com que o vinho seja suplantado pelos aromas tostados dos barris. De textura leve, porém persistente, sedosa e refrescante. Os melhores Pinot Noir nunca se apresentam estruturados e potentes como um Cabernet Sauvignon ou um Shiraz, mas têm um toque sedoso que nenhum outro tinto possui - a acidez é elevada, os taninos são leves e graciosos e a alcoolicidade é baixa.


Borgonha 

A Borgonha tem a vitrine mais bem localizada da França, se não da Europa. Os poderosos, os influentes, os empreendedores e os curiosos afluem, há dois milênios, pela rodovia central da França, de Paris a Lyon, e ao sul, do Remo e dos Países Baixos à Itália. Todo príncipe, comerciante, soldado ou erudito visitou Côte d'Or, descansou em Beaune ou em Dijon, degustou e ouviu lendas sobre o fabuloso vinho desta encosta estreita e coberta de arbustos. 

Se alguma outra encosta poderia fazer o que faz a Côte d'Or é algo que é objeto de uma fascinante especulação - sem resposta. esta região proporciona pedaços de terra e iniciantes climáticos esporádicos que levam duas variedades de uva a uma perfeição não encontrada em nenhum outro lugar. Apenas em determinados locais e em determinados anos, a Pinot Noir e a Chardonnay alcançam sabores valorizados como nenhum outro.


O vinho de Borgonha é mais fácil de degustar que o de Bordeaux, mas é mais difícil de avaliar e compreender. A Pinot Noir, que produz todos os bons tintos da Côte d'Or, tem gosto e aroma singulares e memoráveis, às vezes descritos como mentolados, às vezes como apresentando notas de amoras ou violetas, embora terrosos, como beterraba, e calorosos, como álcool - mas, de qualquer forma, além do alcance do meu vocabulário. 

Uma uva singular a Pinot Noir é uma das uvas que mais variam de tom conforme o local e a safra. Nos anos em que não madura, seu cheiro é medíocre, restrito e aguado (os vinhos tintos alemães da velha escola dão boa ideia do efeito). No outro extremo, ela esturrica com características de uva passa, como aconteceu na tórrida safra de 2003, quando os locais mais ensolarados (geralmente os grands crus) foram os mais afetados. 


Pinot noir, uma das maiores cepas de uvas tintas. Ele é responsável pela fama dos grandes vinhos tintos da Borgonha desde a criação do vinhedo Bordonhês. É a ele que devemos os vinhos admiráveis conhecidos como: Romanée-Conti, la Tache, Musigny, Chambertin, Clos Vougeot, Pommard. Mas é a ele também que devemos o Champagne, pois o Pinot noir e o Chardonnay estão destinados a serem unidos tanto na Borgonha quanto em Champagne! Já na Alta Idade Média, o Pinot noir era, junto com o Chardonnay, a principal cepa da Borgonha. Ele era chamado de "Morillon". Ele produzia vinhos tintos renomados, que já podiam rivalizar com os vinhos de Beaune, dos quais apenas o Bouzy e o Cumières sobreviveram. 

Atualmente, a produção de Pinot noir, particularmente importante na Montanha de Reims, é aproximadamente quatro vezes maior que a do Chardonnay, ao contrário do que ocorria na época medieval. As uvas de Pinot, pequenas e apertadas, são de um belo negro azulado. Elas contém um suco doce, incolor e abundante. Na Borgonha, a matéria colorante contida na pele se dissolve no suco durante a fermentação para dar os belos vinhos tintos que admiramos pela cor. Em Champagne, os cachos de Pinot nunca são esmagados antes de serem prensados, para não manchar o suco. As prensas da região de Champagne têm uma superfície muito grande para garantir que a prensagem seja feita muito rapidamente, com o objetivo de manter o suco puro e claro.

O Pinot é utilizado no blend de vinhos tintos de Saint-Pourçain, Orléanais, Châtillon-en-Diois e Jura. Além disso, é o Pinot que confere a excelência aos vinhos tintos da Alsácia e aos notáveis vinhos rosés de Marsannay-la-Côte, Riceys e Sancerre.




Pinot noir é um vinho tinto versátil e elegante, conhecido por suas notas de frutas vermelhas, como cerejas e framboesas, e toques sutis de especiarias e terra. Esse vinho harmoniza maravilhosamente bem com uma variedade de pratos. Para carnes, escolha aves de caça, como pato ou peru, e carnes mais leves, como cordeiro ou porco. Entre os queijos, o Brie, o Camembert e o Gruyère são ótimas opções que complementam os sabores delicados e complexos do Pinot Noir. Para sobremesas, considere combinações com sobremesas de frutas, como torta de cereja ou uma sobremesa à base de framboesas, que realçam a acidez e o frescor do vinho.

Bibliografia usada: Curso essencial de Vinhos, Atlas Mundial do Vinho e Enciclopédia do vinho.


Qual uva você está mais animado para conhecer durante o Advento do Vinho? Já tem algum vinho favorito dessa uva? Compartilhe suas expectativas e recomendações nos comentários!

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