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Ziraldo n'O Pasquim: só dói quando eu rio - Aliança dos Blogs

 


Este é um blog dedicado a Planejamento e Gestão! Aqui, você encontrará várias indicações de livros, pois ler é essencial para todas as profissões. A leitura e a atualização constantes são fundamentais para o desenvolvimento profissional e para a tomada de decisões mais acertadas. Especialmente para quem trabalha com planejamento e gestão, áreas que são o foco principal do blog, a leitura é ferramenta valiosa. Profissionais que atuam nesses campos, geralmente, lideram equipes e precisam estar sempre bem informados e preparados. Para isso, participo de duas blogagens coletivas mensais, e uma delas é esta.

Para promover a leitura e atualização constantes participo de duas blogagens coletivas mensais e uma delas é esta. Fazemos essa blogagem coletiva desde 2021, o que significa que estamos entrando em nosso quarto ano juntos - a alegria e a riqueza dessa relação cultural só aumentam. Aos amigos blogueiros maeliteratura.com e tomdutra.com, saibam que é sempre bom estarmos juntos. E a você, leitor, obrigada por estar aqui conosco!

O tema desse mês é: ilustrações/quadrinhos e eu amo esse tema. Para ele trouxe um clássico autor: Ziraldo com o livro "Ziraldo n'O Pasquim: só dói quando eu rio". 


Logo nas primeiras páginas temos um relato de Zuenir Ventura, que traz um pouco da história do Pasquim. O texto diz o seguinte:

O Pasquim foi o fenômeno mais original do jornalismo impresso nos Anos de Chumbo. Com graça e irreverência, subverteu forma e conteúdo, linguagem e conceito do que existia, a começar pelo título. Até aquela época, a maior ofensa que se podia fazer a um jornal era chamá-lo de pasquim, que significava panfleto, jornaleco mentiroso. Pois bem, lançando mão da ironia, um recurso que junto com a sátira, a paródia o disfarce e o deboche iria ser muito usado contra a hipocrisia e o cinismo reinantes, Jaguar, um dos fundadores, resolveu assumir o nome menos recomendado, justificando: "Já que vão mesmo chamar o jornal de pasquim, que ele então se chame O Pasquim". O subtítulo veio depois, numa espécie de cabotinismo às avessas: "O melhor entre os piores".

Se a ditadura militar tinha invertido a seu favor o significado de valores como civismo, moral e patriotismo, por que não fazer o mesmo contra ela? Já que era praticamente impossível a contestação explícita, O Pasquim passou a atacar pelas brechas, pela margem e a dizer o contrário do que aparentemente dizia - sempre com humor. O riso foi a sua arma. Não derrubou a ditadura, mas ridicularizou-a e desmoralizou-a. 

Ziraldo foi o resumo dessa revolução que contagiou outros meios de comunicação, como a publicidade  e a televisão incorporando à escrita o coloquial e a gíria. Expressões como dica, duca, mifo, sifo, pô e paca passaram a ser de uso corrente. Como disse, ele foi o resumo disso e este livro é o resumo dele, do "Ziraldo de época". Também a começar pelo título. 

Só dói quando eu rio é a própria piada-metáfora do estado de espírito de então - um país como que atravessado por uma espada e precisando rir. Pode-se reconstituir aquele período, fazer sua antropologia - os usos e costumes, cultura, ideias, maneiras de pensar e dizer - por meio das palavras e imagens, das changes, cartuns e dicas, em suma, do humor polifônico desse eterno menino maluquinho.

É difícil selecionar destaques. Hesito entre os zeróis, os logotipos, os cartun, as dicas, as charges políticas...Se tivesse que escolher algo, eu ficaria com um clássico: Tarzan voando pendurado no cipó e Jane agarrada no, digamos, sobrenome do Ziraldo. A cara de dor do herói e o enorme grito (gráfico) de IIIAAAAUuuuuu esclareciam a cena. Publicado em página dupla, que era aberta nas bancas, o cartum foi um imenso sucesso e deu origem ao Pôster dos Pobres.

Neste livro-álbum, além da criatividade e do talento do autor, o que mais impressiona é a versatilidade da obra. Henfil dizia que Ziraldo era "o mais dispeso humorista brasileiro ", e, para provar, listava 14 atividades do colega de jornal. Prefiro não citar a lista para não cansar vocês e nem atiçar minha inveja. O mais engraçado é que de 1982, quando deixa o jornal, até hoje, ele acrescentou outros afazeres, que somam pelo menos mais quatro: televisão, internet, design e pintura. Quer dizer: nesses 28 anos, em vez de diminuir seu ritmo de trabalho, como se recomenda a pessoas de uma certa idade, ele aumentou e pretende aumentar ainda mais nos próximos 28 anos.
PS: Eu disse que O Pasquim foi um fenômeno? Acrescentem: e Ziraldo continua sendo.


Contexto social, econômico e político do Brasil na época em que Ziraldo foi Cartunista do jonal: "O Pasquim":

Situação social

O movimento de resistência cultural foi forte durante a ditadura, com artistas e escritores buscando formas de expressar a crítica e a resistência ao regime. "O Pasquim" desempenhou um papel crucial nesse movimento, oferecendo uma plataforma para vozes dissidentes e promovendo a liberdade de expressão.



Situação Política

O jornal foi um dos poucos espaços onde a crítica ao governo militar podia ser expressa abertamente. Seus colaboradores enfrentaram muitos desafios, mas continuaram a publicar edições que desafiavam o regime e incentivavam a população a questionar a autoridade.



Situação Econômica

Durante os primeiros anos da ditadura, o Brasil viveu o "Milagre Econômico" (1968-1973), caracterizado por um rápido crescimento econômico e industrialização. No entanto, esse crescimento não foi equitativo e resultou em aumento da desigualdade social. Nos anos 80, o país enfrentou uma crise econômica, com alta inflação, desvalorização da moeda e aumento da dívida externa, marcando o início  da "Década Perdida". "O Pasquim" também abordou esses temas, criticando as políticas econômicas do governo e destacando as consequências para a populção.


Legado

"O Paquim" circulou até 1991, deixando um legado duradouro como um símbolo de resistência e liberdade de expressão durante um dos períodos mais sombrios da história brasileira. A coleção completa do jornal está disponível digitalmente na Biblioteca Nacional, permitindo que futuras gerações acessem e aprendam com essa importante parte da história do Brasil.



Contracapa

Como explicou o Kurosawa - lembram-se dele? - no seu famosíssimo Rashomon, há muitas maneiras de se narrar os mesmos fatos. Os chamados Anos de Chumbo - nossa última ditadura - vão ser ainda lembrados, por longo tempo, de múltiplos modos. Poucas testemunhas desse tempo estiveram tão próximas e atentas ao que se passou naquele período quanto a famosa e irreverente turma do Pasquim. Com muito humor e ironia, com muito riso e deboche, eles enfrentaram as sombras daqueles tempos. Como símbolo de uma resistência impertinente deixaram, sem dúvida, a marca de sua passagem na história do jornalismo e do humor brasileiros. 

De 1969, ano da fundação do jornal, até 1982, Ziraldo foi uma presença constante nas suas páginas. Assim, nas quase quatrocentas páginas deste álbum, os leitores vão poder acompanhar sua original narrativa dos treze anos dessa história recente e perceber, enquanto riem, o significado do que sentiram os que viveram aquela época.




Livro: Ziraldo n'O Pasquim: só dói quando eu rio
Ilustrações: Ziraldo
Autor: Ziraldo
Editora: Editora Globo
Número de páginas: 383
ISBN: 978-85-2504-941-4
Edição: 2010



Na sequência os amigos Blogueiros, que você precisa conhecer, pontuam suas escolhas para o tema ilustrações/quadrinhos:


O tema deste mês é ILUSTRAÇÃO/QUADRINHO. Selecionei um livro que eu adorei com esta temática para te apresentar. Vamos conferir?


Olá, gente amiga, e aqui estamos para mais uma blogagem coletiva! O tema do mês é, mais uma vez, Quadrinhos, mas o que não faltam são HQs bacanas pra gente comentar por aqui, e eu escolhi "Family Tree" lançada pela Editora Intrínseca já faz um tempinho mas que eu curto demais!



Acima nosso calendário desse primeiro semestre do ano para que você possa nos acompanhar e sugerir temas para nossas leituras. Lembre de acompanhar os blogs amigos!









Sabia que aqui no blog tem mais de 100 títulos que já li e gostei?


Quais assuntos e ou livros você gostaria de ver por aqui? Escreve aqui embaixo ou me manda nas redes sociais:
















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